terça-feira, 18 de agosto de 2009

O sul, parte b

Começa no post logo abaixo!

DSC08594Isso tudo foi de manhã. De tarde fomos caminhar por uma trilha na reserva. Tomei um banho nas maravilhosas águas do rio Ardèche (só eu, o Amon se mixou). Vamos conversando sobre besteiras e coisas sérias, deixando a paisagem (um cara correndo pelado, por exemplo) guiar o rumo dos assuntos... Foi um passeio bem agradável, apesar de tudo.

De noite fomos a um bar com show de musica brasileira. Chegamos pelas 23h, eles (um cara no violão e uma mulher cantando e tocando pandeiro e outros DSC08705instrumentos de percussão) tocaram mais umas três musicas e fizeram uma pausa. Tentei em vão falar em português com a cantora. Os dois eram franceses. Simpáticos. Perguntaram se a gente tocava algum instrumento de percussão. Eu disse que tocava violão e eles me convidaram pra tocar uma musica. Acabei tocando várias e depois ficamos todos conversando numa mesinha na frente do bar.

Na manhã seguinte fomos à praia (no rio), que conseguimos encontrar graças à insistência do Amon em perguntar o caminho para a mesma pessoa. Dessa vez o Amon tomou coragem e molhou os pés na água! Passamos o fim da manhã e o começo da tarde lá, e já fomos começando a nos despedir daquilo tudo. Antes de ir pro albergue pegar nossas DSC08743coisas compramos um sorvete e de brinde ganhamos uma carona da sorveteira.

E ficou um gostinho de quero mais quando partimos de Vallon Pont d'Arc. Porque esse foi um dos melhores fins de semana que já tive, isso me fez lembrar das outras vezes que estive no sul da França e acabei mudando a minha cabeça. A França não é só Paris. É Paris e o sul.

by Roberto

domingo, 16 de agosto de 2009

O sul, parte 1

DSC08582Antes de entrar na caverna

Esse post e o próximo foram escritos pelo Roberto.

No dia 27 de julho vim para Paris fazer um estagio de quatro semanas na SNCF, empresa que realiza o transporte ferroviário na França. Alguns dias na capital foram o suficiente para me fazer esquecer Nantes e me convencer de que a França se resume a essa cidade sensacional.

No entanto, empregado da SNCF tem algumas regalias, como, por exemplo, passagens de trem para qualquer lugar no território francês pelo modesto preço de 1,50€. Com essa motivação a mais, resolvi passar um fim de semana num lugar bem longe, e combinamos, o Amon e eu, de ir para as tais Gorges de l'Ardèche, uma reserva natural situada no sul (do centro) da França.

Sexta-feira saio um pouco mais cedo do trabalho e pego o trem para Vallon Pont d'Arc, cidadezinha do lado da reserva. Chego la de noite e o Amon já esta me esperando. Que ares bons têm essas cidades do sul! Que clima gostoso! Damos uma volta pela cidade e vemos muita gente bonita e com roupas apropriadas à estação. Algumas bandas tocando na rua e um pessoal bem animado! Mas não ficamos muito tempo na rua e nos deitamos cedo para acordar cedo no sábado para fazer espeleologia.

Confesso que só descobri o que é espeleologia quando – junto do Amon, o guia, um casal de ingleses e uma francesa – entrei numa caverna com capacete de luzinha. Vamos passando por buracos estreitos e corredores escorregadios até chegar num “salão” uns vinte metros abaixo da superfície. La o guia nos propõe de sentar em silêncio e desligar as luzes. Sabe quando a gente ta num quarto escuro e aos poucos a vista vai se acostumando? Pois então, isso não acontece! Tudo absolutamente escuro, sensação de estar cego. A saída da caverna ainda nos traz algumas emoções, pois agora temos que subir as passagens estreitas que havíamos descido. Um pouquinho de tensão claustrofóbica e alguns minutos para andar cinco metros, mas chegamos sãos e salvos!

Continua ....

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Esperando o trem

Um dia desses fui mostrar o trailer de Crash - no limite para o Carlitos e acabei vendo também, nunca tinha visto. O trailer é excelente, assim como o filme e o resume muito bem. Ele me fez pensar em alguns aspectos simples da vida, do cotidiano e como estamos sempre esperando “coisas” grandiosas e não valorisamos os pequenos detalhes do dia a dia. No fundo somos Pedros, como o pedreiro da música do Chico Buarque, sempre “esperando o trem, que já vem, que já vem, que já vem …”

Não, não estou lendo auto ajuda, hahaha.